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Nota pública sobre o piquete realizado no Gragoatá
17/3/2015

A administração da Universidade Federal Fluminense vem a público dizer que respeita e reconhece o direito dos trabalhadores de se organizar e reivindicar. Ao mesmo tempo, confia no bom senso de todos para que tais movimentos não causem prejuízos a outras pessoas.

Desde o fim do ano passado, os trabalhadores terceirizados da UFF sofrem com pagamentos atrasados. Ressaltamos que a administração da universidade já ordenou o pagamento, mas não é responsável pela liberação do dinheiro. Essa responsabilidade é do governo federal.

Nós da administração central, entretanto, realizamos contingenciamento em diversos custos para priorizar o pagamento de terceirizados. Economizamos no consumo de água, energia, combustível e manutenção, entre outras economias. Entretanto, ao ordenarmos o pagamento deste mês, o governo não liberou verba suficiente e os empregados da empresa Croll ainda não receberam o salário de fevereiro.

Hoje, alguns estudantes da UFF fizeram um piquete no portão do Campus do Gragoatá em apoio à paralisação dos seguranças. Tal ato impediu o funcionamento da cozinha do restaurante universitário, que, diariamente, atende a milhares de alunos em diversos campi de Niterói, particularmente aqueles que mais necessitam do apoio da instituição para concluir seus estudos.

A gestão preza pelo diálogo e pela democracia. Por isso, nossos problemas devem ser tratados coletivamente. Qualquer ato isolado de uma categoria ou grupo que prejudique toda a comunidade, bloqueando o acesso às instalações da universidade, deve ser olhado como um ato de interesse específico. Isso é prejudicial a toda a comunidade, pois não considera os cortes no financiamento da UFF, os esforços da administração e o direito de ir e vir dos cidadãos.

Reiteramos o convite para construir coletivamente uma saída para essa situação consternadora.

Sidney Mello– Reitor
Antonio Nobrega - Vice-Reitor
UFF Notícias - Superintendência de Comunicação Social (SCS)