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RAD entra na internet
29/9/2009

Desde as 16h30 desta terça-feira, 29 de setembro, o novo Relatório Anual dos Docentes (RAD), que substituiu o antigo Radoc, está disponível na internet, em http://portal.uff.br/portalnti. O documento pode ser preenchido pelos professores, de forma facilitada e de onde eles estiverem – em casa, no trabalho ou em viagem.

Ao clicar no endereço acima, dois campos se abrem: no do usuário, deve-se colocar o número do Siape e, no da senha, a mesma utilizada no Sistema Acadêmico e que é liberada pelo departamento de ensino.

O novo programa foi inteiramente desenvolvido por um pequeno grupo do NTI, a pedido da Coordenadoria de Gestão da Informação (PGI), e faz parte do processo geral de informatização solicitado pela Reitoria, que pretende integrar todos os sistemas – acadêmico, de graduação e de pós-graduação – até dezembro de 2009.

De imediato, a grande facilidade para o professor, nesse novo modelo, será a possibilidade de cortar e colar, impossível no sistema anterior. No entanto, muitas outras informações estarão disponíveis a partir da implantação do RAD, como quais as linhas de pesquisas da UFF, a quantidade de projetos, o tipo de financiamento, o montante, a data de aprovação ou o nível acadêmico dos colaboradores, dentre outras possibilidades.

Há um ano e meio, quando a solicitação foi feita ao NTI, montar os relatórios anuais de atividade docente era um processo demorado e trabalhoso. Isso implicava em transformar os mais de 90 disquetes, um de cada departamento de ensino, em planilhas Excel, para, depois, implantá-las no computador da PGI, onde estava a base central, para então gerar os relatórios de cada departamento, como é de exigência do Tribunal de Contas da União.

Dois novos servidores, aprovados nos últimos concursos de 2004 e 2008, José Soares Barroso Júnior, técnico de tecnologia da informação, e Tatiana Barbosa, analista de tecnologia da informação, foram designados para a tarefa de transformar o antigo e obsoleto Radoc, num sistema mais moderno, eficiente e de fácil utilização. A primeira providência, diz Barroso Júnior, foi levantar os problemas, os requisitos do solicitante (no caso a PGI), definir regras, enfim, conhecer as necessidades dos gerenciadores e usuários do antigo sistema.

O segundo passo, afirma o gerente da área de sistemas do NTI, Henrique Uzeda, foi definir a tecnologia a ser utilizada e qual o grupo de trabalho. Como se optou pelas tecnologias de desenvolvimento Java, que são tecnologias em formato web, Tatiana e Barroso Júnior foram designados por serem os mais aptos e com mais domínio dessas ferramentas. Ela fez, inclusive, pós-graduação em redes e ele fez MBA em gerenciamento de produtos.

O modelo de banco de dados definido por eles, sob o comando de Henrique Uzeda, foi o Oracle, cuja qualidade maior é o alto nível de segurança de dados. Nesse ponto, diz Tatiana, começaram as modelagens, analisando os dados do “mundo real” e codificando, criando as telas e as interfaces que o usuário iria utilizar. Essa foi a parte mais demorada e que durou cerca de nove meses, “pois a cada interface, a gente testava com o usuário. Foi um desenvolvimento muito interativo”. Eram reuniões periódicas e o produto ia sendo ajustado, afirma ela, “e é aí que se verifica se o resultado está de acordo com o que o cliente pediu”. Por isso, essa fase consome cerca de 70% do tempo total gasto.

A grande preocupação, de acordo com Barroso Júnior, era que “o sistema fosse realmente um elemento integrador das outras bases, como era desejo do reitor”. Atualmente, o RAD disponibiliza informação a partir das bases de pessoal, por meio do cadastro do Siape; dos dados do CPPD (Comissão Permanente de Pessoal Docente), que se referem ao histórico de titulação; do Siorg, sistema de organograma da UFF, que é um cadastro da estrutura organizacional, com todos os órgãos da universidade vistos de maneira hierárquica, e que foi implantado no final de 2008; e do Siad, que é o Sistema Acadêmico de graduação e que tem o banco de dados mais atualizado.

Se os cadastros estiverem atualizados, explica Henrique Uzeda, os dados vão aparecer corretamente no RAD. Nesse sentido, diz Junior, o RAD vai sinalizar como está a situação real das demais bases de dados da UFF.

A última parte, que é o produto final do sistema, é a emissão de relatórios. O relatório é emitido pelos departamentos, agrupados por docentes, com suas respectivas atividades e produção acadêmica, contabilizando carga horária e produção intelectual, como pede o TCU. “Um dos controles do novo sistema é o de verificação do total da carga horária inserida no sistema, de forma a não ultrapassar o regime do docente no Siape”, esclareceu Barroso Júnior.

Enquanto o antigo Radoc era instalado em cada cliente e cada um tinha um banco de dados e uma forma diferente de inserir os dados, no novo sistema as informações serão uniformizadas e os relatórios poderão ser salvos em PDF no computador pessoal e, só depois de completos, enviados.

Haverá ainda informações adicionais sobre o corpo docente. Na seção “Meus Dados”, por exemplo, que o antigo sistema não tinha, o professor deverá colocar sua área do conhecimento, seu e-mail e se é portador de necessidade especial, outra informação de que a universidade não dispunha. O RAD informará, inclusive, onde o professor fez sua pós-graduação.

O RAD agora será modelo para os demais sistemas a serem desenvolvidos pelo NTI, inclusive internamente, afirma Henrique Uzeda, tendendo sempre a melhorar, como a coleta de dados do currículo Lattes, cuja possibilidade está sendo analisada para a próxima versão.

Os professores terão, de hoje até janeiro de 2010, para preencher o novo RAD, com as informações referentes a 2009. No caso de qualquer dúvida, os professores podem se dirigir a suporterad@nti.uff.br.

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