Origens do Brasil, entre o sagrado e o profano, na programação da Agenda Acadêmica da UFF
29/11/2007

O Observatório Jovem do Rio de Janeiro contribuiu na programação da Agenda Acadêmica UFF 2007 com o lançamento do documentário "Bracuí: Velhas Lutas, Jovens Histórias", seguido de debate conduzido pelos professores da universidade Paulo Carrano, da Faculdade de Educação, e Elaine Monteiro, do Departamento de Educação Matemática de Santo Antônio de Pádua. Também participaram jovens da Comunidade Quilombola do Bracuí e integrantes do Movimento Negro Yla-Dudú de Angra dos Reis, no Teatro da UFF. Após o debate, o jardim da Reitoria foi palco de animada apresentação de uma roda de jongo do Grupo Caxambu de Miracema (RJ).

Inicialmente condenado por suas origens africanas, o jongo é uma dança profana de roda e de umbigada, e sagrada, porque é uma dança dos ancestrais, do povo do cativeiro, portanto, pertence à "linha das almas".

As rodas de jongo são uma herança da história e da cultura do negro no Brasil que se mantém viva de geração em geração e que surgiu e está presente na Região Sudeste. Constitui-se como patrimônio cultural brasileiro, uma das maiores contribuições dos negros para a cultura e a música popular brasileira.

No interior fluminense, o jongo é chamado caxambu, que é a denominação do tambor presente em todos os grupos.
O Grupo Caxambu de Miracema é liderado por Dona Aparecida Ratinho, conhecedora da cultura popular de Miracema, líder da comunidade e quem passa os segredos e tradições às novas gerações.

Atuações do Observatório Jovem do Rio de Janeiro

O Observatório Jovem iniciou suas atividades no ano de 2001, como projeto de extensão da Faculdade de Educação da UFF. Passou a integrar o Programa de Pós-Graduação em Educação em 2003, caracterizando-se como grupo de estudo, pesquisa e extensão interinstitucional e multidisciplinar sobre o tema da juventude vinculado ao campo de confluência diversidade, desigualdades sociais e educação. Atualmente, além de professores e estudantes da graduação e pós-graduação da UFF, reúne profissionais de outras universidades (Uerj, Uni-Rio, UFRRJ), organizações sociais (Ibase, Iser/Assessoria, Instituto Imagem e Cidadania) e do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet).

Dentre as principais atividades, estão o estudo, pesquisa e extensão relacionados com as transformações da condição juvenil na História, as situações de vida dos jovens na contemporaneidade e suas mobilizações sociais, culturais e políticas. Atua, também, no acompanhamento crítico do desenvolvimento das políticas públicas dirigidas aos jovens.

O Observatório Jovem é cadastrado no Diretório de Grupos de Pesquisa do CNPq e também está presente no Conselho Nacional de Juventude, juntamente com o Observatório da Juventude da Universidade Federal de Minas Gerais. Produz matérias de conteúdo próprio, na forma de entrevistas e reportagens, e divulga informações qualificadas de outras fontes.

Outras informações podem ser acessadas na página www.uff.br/obsjovem.

--> Assista ao trailer do documentário "Bracuí: Velhas Lutas, Jovens Histórias" no YouTube.

Estão programadas exibições nos seguintes dias e locais:

Dia 1º/12 – 18h: Museu da República, Catete, Rio de Janeiro

Dia 10/12 – 19h: Escola Estadual Nazira Salomão, Centro de Angra dos Reis – Semana Cultural do Curso de Pedagogia da UFF

Dia 15/12 – 18h: Quilombo de Santa Rita do Bracuí, em Angra dos Reis

 

 




Wanderley Anchieta

Jovens da comunidade e o professor Paulo Carrano
(à direita), no debate



Membros da comunidade quilombola
do Bracuí no Teatro da UFF



Pró-reitor de Extensão, Sídio Werdes Machado,
recebe livro sobre jongo




Roda de jongo nos jardins da Reitoria

Professora Elaine Monteiro




Artesanato da comunidade